terça-feira, 15 de novembro de 2011

Daniel Frasson: fundamental

Observe bem a imagem acima. Dos 11 heróis daquele 12 de junho de 1993, acredito que 10 são figurinhas facilmente identificadas: Mazinho, Roberto Carlos, César Sampaio, Tonhão, Sérgio e Antônio Carlos; Edmundo, ???, Evair, Edilson e Zinho. Mas quem tem menos de 15 anos é possível que pergunte: quem é esse cara abraçado entre o Edmundo e Evair? Esse cara tem nome, sobrenome e talvez merecesse ser mais reconhecido: Daniel Frasson
Antes que me xinguem por ter colocado o Daniel na "galeria da lama" deste blog, afirmo que ele era um bom volante, em alguns momentos titular e em outros reserva nos campeonatos disputados entre 1992 e 1993 e só tenho a agredecer pela forma com que honrou nossa camisa.
Nos dias de hoje acredito que o Daniel seria titular absoluto, talvez capitão e quem sabe o craque do time, mas quando nos lembramos de 1993 os nomes que nos vêem a cabeça são outros. Frasson era um coadjuvante, mas um fundamental coadjuvante que quase nunca comprometia e sempre cumpria sua papel (pelo menos essa é a minha visão dele, quem quiser pode discordar).
Na primeira partida da inesquecível final do Paulista-93, o títular ao lado do monstro Sampaio foi o Amaral coveiro. Pois bem, o coveiro foi expulso naquela partida (se não me engano junto com o Moacir dos gambás) e com isso o 12 de junho de 1993 ficou reservado para um catarinense de Siderópolis também cavar um lugar na história.
Acredito que volantes de marcação não chamam tanto a atenção de crianças. Mémorias infantis são seletivas e todas as minhas estavam guardadas para os 4 gols e a expulsão do Ronaldo (que levou junto o Tonhão). Opa, mas espera aí... assistam ao terceiro gol do Palmeiras naquele recital, vejam quem tocou para o Evair chutar na trave e o Edilson completar. Isso mesmo, o operário Daniel.
Não me lembro da função tática de Daniel naquele jogo. No Almanaque do Palmeiras está escrito que ele tinha a função de anular o Neto (está correto?). Se for verdade, ao que me consta ele cumpriu a função muito bem. Ao final da partida o Neto deve ter dito: pra falar a verdade é um grande jogadorrr. É brincadeira esse tal de Daniel...
Depois de sair do Palmeiras em 1995, só me recordo de uma passagem breve do Frasson pelo Atlético Mineiro. De qualquer forma fica a minha homenagem a este jogador que provavelmente não era ídolo de nenhuma criança alviverde na época, mas é tão campeão quanto qualquer Evair, Edmundo, Zinho ou Mazinho. Pois quando precisou dar sua parcela de contribuição ele foi lá e o fez de forma irretocável. Para todo o sempre, obrigado Daniel!

Ficha do Jogo:
Palmeiras 4x0 xxxxxxxxx
Campeonato Paulista/ Final. sábado, 12/junho (tarde); E: Morumbi- São Paulo (SP); J: José Aparecido de Oliveira; R: Cr$ 18.154.900.000 (renda de dezoito bilhões de cruzeiros!!!!!); P: 104 401
PALMEIRAS: Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos. César Sampaio, Daniel Frasson, Edilson (Jean Carlo) e Zinho, Edilson e Evair (Alexandre Rosa); T: Vanderlei Luxemburgo
xxxxxxx: Ronaldo, Leandro Silva, Marcelo, Henrique e Ricardo; Ezequiel, Marcelinho Paulista, Paulo Sérgio e Adil (Tupãzinho (Wilson)); Viola e Neto; T: Nelsinho Baptista

G: Zinho 36 do 1. tempo, Evair e Edilson 29 e 38 do 2.tempo, Evair 9 do 1. tempo da prorrogação; E: Tonhão, Henrique, Ronaldo e Ezequiel

2 comentários:

  1. Pelo que já vi em VTs, o Daniel parece ter feito uma partida bem firme, substituindo bem o coveiro. Vale lembrar que coadjuvantes são necessários em qualquer grande elenco (pena que o time de hoje quase só tem coadjuvantes, aí não dá!).
    Certamente o Neto saiu do jogo dizendo que o Frasson merecia uma chance na Seleção Brasileira... rs

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  2. Não havia pensado nisso, mas Daniel Frasson com certeza seria titular hoje. Além de bom marcador, ele tinha um razoável toque de bola e chutava bem de fora da área.

    Após a final, ele teve o azar e nós a sorte do Mazinho ir para o meio campo junto com Sampaio, ficando impossível para ele jogar.

    Foi um jogador que honrou a camisa e fez o máximo que podia, inclusive sendo fundamental na arrancada de 1992, quando perdemos a final para os bambis.

    Abraço

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