segunda-feira, 26 de julho de 2010

¡¡¡¡¡¡Gracias Chile!!!!!

O Mago voltou!!! O Mago voltou!!! Chi-le, Chi-le, Chi-chi-chi-le-le-le Viva Chi-le!!!! Essa terra maravilhosa que nos deu Valdívia (apesar de ter nascido na Venezuela) e...Mário Soto!!
Como todos os sites, blogs, twiters e fóruns do Palmeiras no mundo inteiro vão destacar a volta do Valdivia ao alviverde, vou no sentido contrário e destaco o chileno menos famoso que vestiu o manto no longíquo ano de 1977.

Mais conhecido pela "classe" mostrada na final da Libertadores de 1981 pelo Cobreloa contra o Flamengo, Mário Soto jogou 28 partidas pelo Palmeiras no maldito ano que roubaram a Ponte Preta. Talvez fosse o prenúncio do que nos esperava nos anos seguintes.
Primeiro jogador dos anos 70 retratado aqui no blog, não posso dizer nada a respeito do Mário Soto, pois nem tinha nascido na época. Mas tudo indica que era um caneleiro (e muito violento) que algum olheiro cego do Palmeiras indicou achando que tinha descoberto o novo Figueroa no país andino.
Passaram-se 29 anos até que o Valdívia (contratado em 2006) pudesse mudar nossa impressão negativa a respeito dos futebolistas chilenos. Valeu a pena!!!!!! Graças ao mago, hoje em dia agradeço até ao Mário Soto ter dado as suas botinadas aqui. E que venham mais chilenos!!!!
*Foto extraída do site do Milton Neves: Time-base: Em pé; Rosemiro, Mário Soto, Bernardino(Quem foi esse cara???), Pires, Arouca (Quem foi esse cara???- Parte 2) e Ricardo Longhi (Quem foi esse cara???- Parte 3); Agachados: Edu Bala, Jorge Mendenço,Toninho, Ademir da Guia (Quem foi esse cara???- Parte 4...hehehe) e Nei.

domingo, 18 de julho de 2010

Voltar a ser o que é, no lugar que é dele



Após um longo inverno, volto a escrever neste blog que já perdeu todos os raríssimos leitores.

Para marcar o retorno glorioso, mundial e histórico do "De Gioino a Bizu", usurpei um texto do Mauro Beting publicado em especial da revista Placar em 2003 sobre a volta do clube a primeira divisão.

Nessa publicação, o jornalista escreveu um texto sobre cada partida do Palmeiras na Série B. O texto abaixo é sobre o jogo contra o São Raimundo, o quarto do clube no campeonato, logo após um começo trágico (empates com Brasiliense e América-RN e derrota para o Naútico) e a eliminação dos gambás da Libertadores daquele ano para o River Plate.

Tristes tempos, mas após a contratação do Felipão, Kléber e talvez Valdívia, é sempre melhor lembrar que dias melhores virão!!!hehehe...


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O Primeiro jogador dos 12 (Por Mauro Beting/ Especial Placar 2003)

Os Rolling Stones lançam um CD de pagode- e ruim. Fazem shows caríssimos de 13 minutos e desafinados. Lançam um DVD de má qualidade que danifica os aparelhos. No ano seguinte, lançam um unplugged com os piores momentos do CD de pagode, e ainda pedem para a Mariah Carey e o Lacraia regravarem todos os sucessos deles.

Resultado: shows hiperlotados, vendas de CDs duplicados, fãs com as camisas da banda pelas rua, Luciana Gimnez cotada para a Academia Brasileira de Letras.

Absurdo? No pop, no cinema, na mídia, na vida, claro que é. No futebol, pergunte ao palmeirense que levou quase 20 mil pessoas por jogo na Série B. Não existe nada comparável à solidariedade do torcedor de futebol. O que o palmeirense fez pelo time, talvez nem as inesquecíveis Academias dos anos 60/70, ou a Via Láctea montada pela Parmalat, merecesem tata festa, tanto amor, tanto apoio.

"A paixão é apaixonante", arrepiou-se Orestes Friugiele, filho de um ex-presidente do clube. O time se encantou pela torcida, e começou a jogar por ela. O primeiro grande resultado veio com o primeiro grande público no Parque Antárctica. O Palmeiras passou como quis pelo São Raimundo, com três gols de Diego Souza, num esquema tático 3-5-2-14445.

Os 14 445 palmeirenses fizeram de tudo. Antes do jogo, um protesto pacífico pela situação do clube e do time- e que situação tem o clube no poder, que sufoca e impede qualquer oposição. O palmeirense vestiu a camisa e jogou melhor que o time. Sacou que ou jogava por ele, ou seria jogado às trevas. Aquele torcedor passional e crítico ao extremo teve que mudar o tom, mais pálido, como o verde da nova camisa. No Palmeiras, a princípio, todo craque é um perna-de-pau. Todo Ademir da Guia é um Darinta, até gols e troféus em contrário.

Sempre foi assim. Sempre será. Menos em 2003. A partir da vitória contra o São Raimundo, o palmeirense mudou para fazer aquele Palmeiras mudar. Melhor: voltar a ser o que é, no lugar que é dele.


Pameiras 4x0 São Raimundo

J: Wágner Rosa; P:14445; G: Diego Souza 46 do 1. tempo; Daniel 22, Diego Souza 37 e 40 do 2. tempo

Palmeiras; Marcos, Alessandro, Daniel, Leonardo e Marquinhos; Alceu, Marcinho, Diego Souza e Anselmo (Élson); Vágner Love (Adãozinho) e Thiago Gentil (Muñoz). T: Jair Picerni

São Raimundo: Flávio, Guará, Ronaldo, Marconato, Rogério e Tita; Isaac, Trindade (Delmo), Neto (Ricardo) e Vlademir, Doriva e Garanha (Reginaldo). T: Aderbal Lana