quarta-feira, 21 de novembro de 2012

1992, o ano do quase


Sexta-feira, 27 de novembro de 1992. Semifinal da Copa do Brasil. Palmeiras x Internacional. Jogo de Ida. Palestra Itália. 13.572 pagantes. Cesar, Dida, Edinho Baiano, Toninho, Mazinho, César Sampaio, Carlinhos, Cuca, Zinho, Jean Carlo e Magrão.
O time entra em campo. Uma queima de fogos gigantesca. Devem ter sido uns 2 minutos de barulheira que pareceram 2 horas (para meus padrões infantis). Talvez o maior espetáculo da Terra!
Resultado final: Palmeiras 0x2 Internacional. Porca miséria! Deu tudo errado! Pô Cuca... e aquela faixa que você me prometeu nas comemorações de seus gols?

A sorte nos abandonou. Mas ainda tem mais...Domingo, 29 de novembro de 1992. Agora é Campeonato Paulista. Última rodada do Quadrangular Semifinal. Panetone. Palmeiras x time do Governo Federal (já eliminado). O Palmeiras lidera o grupo e é só ganhar pra garantir o lugar na final!!! Perdemos... pqp, o Guarani vai nos passar! Não passou!!!!! Também perderam!!!! Estamos na final!!! A sorte voltou!

Sábado. 05 de dezembro de 1992. Campeonato Paulista. Três cores x Pameiras. A final! A redenção! Já estou imaginando eu indo até a banca para comprar o poster dos campeões verdes! É nosso e ninguém tira!
Começa o jogo. Pqp, Cafu 1x0. GOL! Empatamos! Daniel Frasson!!! 1x1!!!! Pqp, Raí desempata para os 3 cores... 2x1. E pra "melhorar" tudo o Mazinho ainda é expulso ainda no primeiro tempo.
Começa o segundo-tempo. O time é valente e parte pra cima. Evair perde uma cabeçada na cara do Zetti (esse cara nunca vai ser decisivo em uma decisão!!!!). Opa... espera aí...EMPATAMOS!!!! Zinho! Zinho! Zinho! 2x2!!!!  É um sonho!!! No peito e na raça!! Também merecemos nosso lugar ao sol!!! Que explosão! Que alegria!
Não foi...desempataram com aquela sorte que é característica deles. Raí aos 38 e aos 46 do segundo-tempo. 3x2 até que não parecia ser tão ruim. Dava pra virar na outra decisão. Mas 4x2 com um gol no finzinho doeu demais.
No jogo de volta também não deu. Perdemos de novo e o sonho de ir até a banca comprar o poster do título ficou adiado para, no mínimo, mais 6 meses. Moleques da elite quatrocentona é que fizeram o que eu queria ter feito. Pô... isso não é justo. Sempre que precisávamos da sorte, ela dizia "Ciao, bello" e nos dava as costas.

Hoje percebo que aquelas derrotas de 1992 foram as sementes amargas que fizeram nascer os mais belos e impensados frutos. Que graça teria encerrar o jejum ganhando a Copa do Brasil de 1992 em cima do Fluminense? Ou então vencer um time do Jardim Leonor recém-campeão da Copa Toyota? Não, não, não... Teria que ser perfeito! Contra o império do mal em um Dia dos Namorados para provar o quanto éramos apaixonados por aquela camisa!

A sorte e a felicidade não haviam nos abandonado. Essas duas impostoras apenas estavam aguardando o momento ideal para aparecerem imponentes no gramado, na arquibancada e... na banca de jornal!


sábado, 3 de novembro de 2012

Francis Sabonete

Um das promessas alviverdes que... ficou só na promessa.
Talvez mais uma das pratas da casa que não deu em nada (ou muito pouco perto do que se esperava). Puxando pela memória me recordo de alguns nomes da extensa lista de expectativas frustadas: Pedro (lateral direito que surgiu como ótimas expectativas em 2002), Chu (meio campo atacante que surgiu entre 2001 e 2002), Ferragem (volante da época do Taddei e últimos anos da era Parmalat), Chocolate (esse acho que pouquíssimos se lembram dele, surgiu na Copa São Paulo de 1994 ou 1995), Daniel Lovinho (atacante que não sabia chutar), Zé Love (o sucessor do Mustafá para a saída do Vagner Love),  Ilsinho (pulou o muro em 2006), Reinaldo (volante que surgiu muito bem em 2005 e depois sumiu), Romarinho (promessa atual há uns 5 anos que praticamente virou água), etc, etc, etc...
Para não ser injusto com o pobre Francis preciso dizer que ele também teve seu dia de Ademir da Guia em um jogo: Palmeiras 3x0 Fluminense pelo campeonato brasileiro de 2006. O jogador partiu do meio de campo driblando todo mundo e fez um golaço.
Infelizmente pouco para quem foi uma esperança por tanto tempo. Era apenas um jogador razoável, esforçado e meio ensaboado (entenderam a piadinha infame???).