segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Acorda Amor!


Foi em chute de Elivelton que tive a minha primeira grande decepção com os esmeraldinos. O ano? 1995! E pela primeira vez a palavra tristeza tinha um significado forte.
Aquele 1995 foi acidentado desde o início. Algumas apostas equivocadas em técnicos e jogadores mostravam que não seria o passeio dos anos anteriores. Mas em 1993 e 1994 eu havia aprendido que no final o "bem sempre vencia o mal". Devia até ser um versículo em algum lugar da Bíblia: "Bem-aventurados os verdes que sempre derrotarão o dragão alvinegro maligno e a soberba em três cores".  Não era para ser sempre assim?
Admito que não posso reclamar de nada. Afinal de contas pequei um dos 3 melhores momentos da história. Obviamente as Academias I e II só acompanhei em revistas e fitas cassestes, porém os anos 1990 desfrutei cada minuto comemorando com muitos copos de leite e biscoitos. Enquanto tínhamos Djalminha e Rivaldo, os 3 cores atacavam com Valdir Bigode e Bentinho e os alvinegros defendiam com Gralak e Alexandre Lopes. Doces caneladas!
Mal sabia em 1995 que aquela derrota não era tristeza pra valer (ou nada comparado com os dias atuais). Não lamento por mim, lamento por um nova nova geração que precisa provar seu amor pelo verde muito mais do que eu precisei. Lamento porque enquanto escrevo essas linhas digitais cheias de erros gramaticais, cerca de 40 ou 50 vitalícios debatem formas de reerguer o clube seus poderes. Poderes construídos em anos dourados (enquanto vibrávamos na Paulista, acordos escusos eram tocados, selados e fechados).
Bem...o que dizer? Acorda amor! Ponha a roupa de domingo e não me esqueça. 

Acorda Amor (Chico Buarque)
(...)
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a tua hora
Não discuta a toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)