domingo, 17 de março de 2013

Entre Maculas e Mazinhos

Não posso reclamar... aos 11 anos assisti maravilhado na frente de uma TV de 20 polegadas uma sinfonia que jamais poderia desfrutar novamente: Palmeiras 6 x 1 Boca Juniors pela Libertadores da América de 1994.
O time bailava em campo, mas Mazinho destoava... era algo profundo, era emocionante, era elegante, era vistoso, era o ápice profissional, era um jogador dizendo que tudo valia a pena quando a alma não é pequena, era um adulto voltando à infância em que jogava descalço com uma bola de meia....
Em nada Mazinho lembrava o jogador inseguro e inconstante de 1992, na partida contra o Boca ele carimbou a vaga para a Copa do Mundo dos Estados Unidos. Nem um pragmático como o Parreira poderia tapar os olhos para uma exibição de gala em estado puro.
Infelizmente tudo seria inferior depois daquela data. Meus padrões futebolísticos se elevaram para níveis insustentáveis. Acabou sendo a alegria de ter tido a oportunidade de acompanhar aquela divindade e a tristeza de ter a certeza de que jamais assistiria algo sequer próximo a tão elevado nível de exibição.
Não é questão de ser saudosista, o Palmeiras-1994 também tinha seus bagres. Um deles foi o Macula, jogador com um nome folclórico que teve o orgulho de vestir rapidamente a camisa esmeraldina no mesmo período do Mazinho.
Acontece que quando os coadjuvantes estão ao lado de protagonistas, eles sentem orgulho de ter a oportunidade de aparecer em um poster de campeão e dar a sua parcela de contribuição por menor que seja. 
Não é problema ter um Macula, Saulo, Junior Tuchê, Alexandre Rosa ou Jean Carlo no elenco. Os bagres sempre existiram!!! Não sou vilões ou heróis, são personagens ao longo de uma jornada. O problema é procurar e não encontrar mais um Mazinho na sua meninice dizendo que chegava lá...

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jogadoresdopalmeiras.blogspot.com.br/2012/07/macula.html