domingo, 7 de março de 2010

Bizu- É assim mesmo



Reportagem da revista Placar em 1987. Na época da publicação da revista o Palmeiras havia acabado de vencer o Botafogo pela Copa União (com um gol do Bizu!!!) e iria enfrentar o líder Atlético Mineiro (de Telê Santana) precisando vencer e ainda torcer por uma derrota do Flamengo contra o lanterna Santa Cruz. Previsivelmente não nos classificamos para a próxima fase.
A reportagem fala da tentativa fracassada de um diretor do Palmeiras de rebatizar o Bizu com o nome de Cláudio. A pressão da torcida com o pobre Bizu devia estar grande na época.

Embaixo da matéria há uma propaganda bem anos 80 da Honda. Quem clicar na imagem poderá vê-la em tamanho maior.
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Bizu- É Assim Mesmo
O centrovante do Palmeiras rebatizado de Cláudio, prefere o seu apelido. A torcida apóia.
O misterioso Cláudio, que aparece na escalação oficial do Palmeiras com a camisa 9, promove dúvidas e desinformação à porta do vestiário. "Quem é esse Cláudio, tche?", perguntava um repórter gaúcho antes da vitória contra o Grêmio por 2x1, quarta-feira passada no Pacaembu. "É Bizu", corrigia um paulista, riscando o nome sinistro da papeleta.
"Cláudio atrai mais sorte e confiança", justifica o diretor de futebol do clube, Januário D´Alésio. "Bizu fica melhor", reconhece o centrovante que veio do Caxias, do Rio Grande do Sul, por 3 milhões de cruzados. E a torcida concorda com ele.
Alguns apelidos não cheiram bem. É o caso de Titica, centroavente do São Bento nos anos 70. Ao assumir o comando do time em 1976, o técnico Filpo Núñez aboliu a vulgaridade. "Daqui para a frente você será Ademir". Inútil. A torcida gostava mesmo de Titica. Assim como Cláudio Tavares Gonçalves, 27 anos, ex-menino pobre da Baixada Santista, será sempre Bizu.
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Após a reportagem pensei em 3 coisas:
- Quanto será que valia 3 milhões de cruzados na época;
- Achava que o Bizu tinha vindo do Naútico para o Palmeiras, mas ele veio do Caxias do Rio Grande do Sul;
- Talvez o pobre Bizu não tivesse sido tão horrível quanto outros pernetas no Palmeiras, mas seu apelido meio folclórico ficou marcado negativamente no Palmeiras. Como diz a reportagem, Bizu será sempre Bizu!

5 comentários:

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  2. Bela reportagem! Um achado mesmo. A verdade é que sempre gostamos de jogadores com apelidos folclóricos, como é o caso do Bizu, do Ricardo Boiadeiro e do Adriano Chuva, além de tantos outros. Assim que li a matéria, pensei na mesma coisa que você. Quanto será que valiam 3 milhões de cruzados??? Era muito? Era pouco? Convertendo para reais, com a inflação corrigida, quanto valeria Bizu hoje em dia? Algum economista pode nos ajudar?

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  3. É só ver o preço de capa da revista, ver qtas revistas valia o Bizu. Ver quanto custa uma revista em média hoje em dia e saber o preço

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  4. Alexandre e Luciano, a revista Placar desta reportagem custou 75 cruzados. Divindindo o valor do Bizu pelo da revista cheguei ao resultado de que o Bizu valia 40 mil revistas Plcar. Acho que hoje a Placar custa R$10,00, então em um cálculo bem grosseiro, o Bizu custou o equivalente a 400 mil reais...até q era uma boa grana p/ a época...hehehehe

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  5. Vi o Bizu no estádio da Fonte Luminosa perder o gol mais feito do mundo contra a Ferroviária, acho que em 88 ou 89. Na hora fiquei sem voz. Bola cruzada na pequena área e ele conseguiu chutar por cima do gol sem goleiro. Que jogada bizonha, ou seria bizunha.

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