quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Jogos Esquecíveis- Palmeiras 3 x 3 Cruzeiro (Libertadores 2001- Hat Trick de Lopes Tigrão)

Após um longo e tenebroso inverno volto a escrever aos 6 ou 7 leitores do blog...hehehe... Agradeço muito a quem comenta os posts e troca lembranças verdes.
O jogo que relembro nesse post é o primeiro jogo entre Palmeiras e Cruzeiro pelas quartas de final da Libertadores da América de 2001 no Palestra Itália. O post é sobre o jogo, mas também sobre um jogador que despertava amor em alguns momentos e ódio em outros: Lopes .
Antes algumas pílulas:
- 2001 foi o ano do funk. Assim como em outros anos tivemos a explosão do pagode, sertanejo, axé music (?!), lambada e outras pragas, naquele início de ano a moda era um tal de Bonde do Tigrão. Aproveitando essa onda, o Lopes começou a ser chamado de Lopes Tigrão e comemorava seus gols fazendo as coreografias desse grupo. Não sei se foi algum jornalista (talvez do Lance), ou a torcida, ou o próprio Lopes que começou com esse apelido;
- O Palmeiras fazia uma campanha muito ruim no campeonato paulista e impecável na primeira fase da Libertadores. Se não me engano foram cinco vitórias e um empate contra Sport Boys (que usava uniforme rosa e era um time medonho), Cerro Porteño e Universidad do Chile. Para efeito de comparação, o Palmeiras teve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas na primeira fase da Libertadores de 1999;
- Na partida do Palmeiras contra o Sport Boys no Palestra, um fato bem inusitado aconteceu: uma moça começou a dançar sensualmente na varanda da sua casa enquanto o jogo rolava. O jogo estava uma porcaria e ainda bem que ela apareceu para animar um pouco a noite...hehehe. Detalhe: o jogo foi numa sexta-feira (jogo às sextas é meio estranho);
- Contra o São Caetano nas oitavas de final ganhamos no sufoco. Após perder no Anacleto Campanela por 1x0, o alviverde jogava mal na partida de volta e estava muito nervoso. As melhores chances da partida foram do São Caetano e o gol da vitória só aconteceu aos 37 do segundo tempo após uma jogada linda do Muñoz (que acabara de ser contratado). A classificação foi sacramentada nos penaltis com um erro do Serginho, aquele mesmo que alguns anos mais tarde morreria após um ataque do coração.
Enfim chega o jogo contra o Cruzeiro do Felipão nas quartas de final:
- 2001 também foi o ano do apagão. O ano em que todos nós tivemos que economizar pelo menos 6% de energia. A coisa era séria e o governo tinha proibido partidas noturnas e ordenou que as partidas fossem realizadas a tarde. O Palmeiras sabiamente alugou um gerador para jogar a partida às 19:30. A decisão foi muito acertada, pois a vibração da torcida em um jogo noturno é maior do que em um jogo de dia de semana a tarde (o Vasco, por exemplo, prefiriu jogar contra o Boca Juniors em São Januário a tarde e perdeu por 1x0).
- Vamos ao jogo. Escalação do Palestra original: Marcos, Arce, Leonardo, Alexandre, Felipe, Magrão, Galeano, Alex, Lopes, Juninho, Fábio Júnior (entraram durante a partida: Tuta, Fernando e Muñoz). Escalação do Palestra mineiro: André, Neném, Cris, Luizão, Marcos Vinicius, Sorin, Cleber Monteiro, Jackson, Ricardinho, Geovani e Oséias (entraram durante a partida: Jorge Wagner e Marcelo Ramos);
- Primeiro tempo: Gol do Palmeiras, 1x0- Lopes Tigrão, a coisa começa bem. A anta do Magrão foi expulso aos 38 do primeiro tempo (não me lembro do lance só vi o relato da partida no site da Conmebol). Gol do Cruzeiro, 1x1- Jackson. Gol do Cruzeiro, 1x2- Geovanni.
- Segundo tempo: Gol do Palmeiras, 2x2- Lopes Tigrão. Gol do Cruzeiro, 2x3- Jorge Wagner. Mas aos 44 do segundo tempo, gol do Palmeiras!!!! 3x3!!! Hat Trick do Lopes!!!!
Da partida em si só me lembro dois lances: o golaço do Geovanni do Cruzeiro em uma bomba de fora da área e o terceiro gol do Lopes também de fora da área quando achava que a vaca tinha ido pro brejo. O resto confesso que o tempo tratou de apagar da minha memória.
Com relação ao Lopes, posso dizer que sempre foi um jogador muito talentoso, mas que às vezes era meio displicente e que se perdeu durante a carreira. Provavelmente ele deve ter ganho muito dinheiro e ter construído um bom patrimônio, porém poderia ter sido muito mais do que foi se tivesse a cabeça no lugar.
Em 2000 o Lopes foi pego no doping por cocaína. Se não me engano a suspensão foi de 120 dias e ele voltou a jogar apenas em fevereiro ou março de 2001.
Na minha opinião a Libertadores de 2001 foi o melhor momento dele com a camisa verde. O Lopes foi o artilheiro com 9 gols e fez partidas muito boas, com um destaque especial para essa contra o Cruzeiro.
É até esquisito pensar que por muito pouco (e um árbitro paraguaio) não fomos campeões da Libertadores de 2001 com jogadores que hoje não trazem boas lembranças aos palmeirenses. É só ver que a zaga era formada por Alexandre e Leonardo. Volantes? Tinhámos o Galeano, Magrão, Fernando e Taddei. O ataque tinha Tuta, Fábio Júnior, Muñoz ou Basílio. E o técnico era o Celso (Bu)Roth. E mesmo assim quase levamos o caneco.
De muito bom daquele time tinhámos os laterais Arce e Felipe (ex- Vasco), os meios Alex e Lopes e o sempre são Marcos;
Caramba, já faz 8 anos que a partida ocorreu. Saudades daqueles tempos!!!! (momento nostalgia...hehehe).

10 comentários:

  1. Olá!!
    Estou entrando na mídia palestrina e gostaria que vc desse uma olhada no meu blog:
    tifosipalestra.blogspot.com !!
    Se agradar e for de interesse me coloque na sua lista de blogs do Verdão?!
    Valeu!
    Abração
    Massoa palestra

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  2. Cara, esses jogos foram fortes, mesmo! Mas confesso que eles vão se perdendo aos poucos na poeira do tempo. Lembro do Lopes arrebentando, e só!!!! Curiosamente, me lembro mais do gol salvador do Muñoz contra o São Caetano. Lembro que ele entrou na área trombando com todo mundo e fez um gol que, geralmente, os atacantes brasileiros não tinham o hábito de fazer.

    Abraço

    Fábio

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  3. Realmente, os embates com o Cruzeiro em 2001 foram espetaculares. A equipe mineira tinha jogadores muito melhores que os nossos ... mas quando se tem gênios como Alex, Arce e Marcos tudo pode acontecer. Alias, me lembro que o Felipão fez o diabo pra levar o Arce pro Cruzeiro ... Ainda bem que não conseguiu hahah. Abraços,

    Thiago

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  4. Sobre o Lopes, pena.

    Tinha tudo para ser um jogador do nível do Rivaldo, forte, chute, velocidade, novo.

    Entrou pelo caminho das drogas como alguns entram em todas areas de atividade.

    Se perdeu, azar do Palmeiras...

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  5. No fim de 2001, já no Brasileirão, em jogos em dias de semana à tarde, a torcida tinha dois cantos presentes em TODOS os jogos: três batidas no bumbo e "Time medíocre" com as mãos levantadas e abaixadas a cada sílaba; e a clássica "Ooooo é Lopes cheirador, é Lopes cheirador, é Lopes cheiradooooorrrr"

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  6. grande jogo do palestra e grande vitoria, ah se nao fosse aquele gol do alexandre no final!

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  7. eu lembro desse jogo, o Lopes jogou muito, o ataque formado por Fabior Junior e Lopes erainfernal osdois marcavam muitos gols era a experiencia do Fabio Jr e a juventude do Lopes, me lembro do jogo contra o Boca na semi final no parque antartica o Celso Roth sem explicação nenhuma sacou o Fabio Junior e colocou o Basilio, WTF, ninguem entendeu aquilo, o Lopes foi pego no doping num jogo contra o Atlético MG pelo brasileirão, que o Palmeiras ganhou e ele marcou o gol da vitroria inclusive, depois de 2002 ele jogou em varios times grandes, flamengo, santos,fluminense, atletico mg e até no proprio cruzeiro, mas nunca vingou

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  8. O jogo do Palmeiras X Sport Boys eu estava lá no palestra e a garota que dançou na sacada do apartamento era a Patrícia Limonge, eu lembro que estava melhor que o jogo..kkk

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  9. No jogo do Palmeiras e São Caetano lembro que fui jantar na churrascaria na Av Matarazzo, e depois fui entrar para assistir ao jogo no Palestra, e o Claudecir passou chorando no meio da torcida, por que não havia sido relacionado nem para o banco.

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  10. No jogo do Palmeiras e São Caetano lembro que fui jantar na churrascaria na Av Matarazzo, e depois fui entrar para assistir ao jogo no Palestra, e o Claudecir passou chorando no meio da torcida, por que não havia sido relacionado nem para o banco.

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